“Louvai ao Senhor. Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento do seu poder. Louvai-o pelos seus atos poderosos; louvai-o conforme a excelência da sua grandeza. Louvai-o com o som de trombeta; louvai-o com o saltério e a harpa. Louvai-o com o tamborim e a dança, louvai-o com instrumentos de cordas e com órgãos. Tudo quanto tem fôlego louve ao SENHOR. Louvai ao SENHOR.” (Salmo 150)
A música, uma arte muito apreciável em todo o mundo, tanto nas igrejas e nos ambientes evangélicos, quanto no “mundo”, sendo usada para diferentes fins. A música possui um imenso poder de atração do ser humano, desde os tempos remotos, até os dias de hoje, possivelmente a arte mais antiga de todas que se renova à cada dia.
Mas afinal, o que faz da música esse tão poderoso instrumento, como uma única melodia é capaz de lotar estádios, uma arte incrível que faz rir e chorar, que tem milênios de existência e ainda cria e se transforma.
A história da música
Biblicamente, não existe data precisa de criação da música, mas a bíblia fala sobre o primeiro ministro de louvor. No principio, antes da criação da terra ou do ser humano.
Deus (que nunca foi criado, mas sempre existiu) formou o seu reino, só havia o reino de Deus, então Ele criou os anjos.
A bíblia relata em alguns versículos sobre um anjo diferente criado por Deus, um querubim ungido, mais belo e brilhante do que todos os outros, suas asas eram as maiores, uma criação minuciosa que a quem Deus deu um dom especial, algo que vinha de dentro Dele, algo lindo que elevava essa criatura acima de todas as outras já criadas por Deus, a música! E o nome do privilegiado cidadão dos céus a receber essa incrível dádiva era Lúcifer (anjo de luz).
A música não é uma criação de Deus, ela surgiu do mais secreto sentimento do coração dEle de ser louvado, ela simboliza os pensamentos do próprio Deus, simboliza a intimidade dEle. Lúcifer não criou a música, ele apenas recebeu, ao ser criado, um sentimento de Deus, era apenas um instrumento para louvor e honra do Senhor, e por isso ele era tão prestigiado no reino.
Eu creio que já é de pleno conhecimento de todos o restante da história. Lúcifer agasalhou em seu coração um sentimento de superioridade em relação ao próprio Deus, começou a usas da música, o seu dom maior, para se engrandecer e influenciar outros anjos a se rebelarem contra Deus, aí surgiu o primeiro pecado, o pecado só pode entrar no reino após a dispensação de um sentimento de Deus, Lúcifer tinha o melhor de Deus e não soube aproveitar, por isso o Senhor se sentiu tão “traído” , confiara o seu maior bem a uma criatura e ela o rejeitava.
Então Deus tomou de Lúcifer tudo aquilo que lhe tinha dado, tirou os seus dons e ministérios, Lúcifer perdera de uma vez por todas o amor de Deus e fora jogado para fora dos céus junto com a terça parte dos anjos, esta que lhe seguira, após isso foram criados dois reinos: o de Deus e o de Lúcifer.
O Homem e a música O tempo passou e dentro de Deus ainda pulsava o sentimento de ser amado por alguém de forma intensa, pois os anjos não têm sentimento e nem livre arbítrio, então Deus em um dia de imensa solidão almejou criar um ser que o adorasse, um ser que pudesse o surpreender em seu amor, um ser que raciocinasse, que o louvasse apenas pelo que Ele era, alguém em quem pudesse investir novamente o seu dom da música, aquele tirado de Lúcifer, ”Façamos o homem a nossa imagem e semelhança!”, Ele preparou tudo para que esse ser pudesse adora-lo em liberdade, criou terra céus e mar para essa criatura especial habitasse, criou o universo para ela nunca esquecer do tamanho da sua grandeza. Pegou um pouco de barro, formou uma imagem e com lágrimas nos olhos e muito amor no seu coração Ele beijou essa sua criatura com a livre escolha e soprou nela o seu fôlego de vida, Deus deu seu tudo àquele “homem”.
Ao presenciar aquela imagem, ao ver o homem receber do Pai tudo o que era dele e ainda muito mais do que ele pode ter, ele odiou o homem de uma forma violenta e prometeu dentro de si mesmo fazer de tudo, até o fim para que essa linda criatura desagradasse o propósito de Deus, prometeu fazer de seus dons uma arma contra o próprio homem como foi para ele.
Eu imagino adão e Eva usando a música para adorar e louvar a Deus dentro do paraíso e o diabo se mordendo de ciúmes do lado de fora, ouvindo aquele som que o lembra o tempo todo do reino de Deus.
Até que um dia ele tomou o corpo de uma serpente e induziu o homem a trair Deus, foi um ato sublime para ele, ele sabia que Deus estava vendo o exato momento que a mulher pegava do fruto, Deus poderia ter interferido.
Ele sabia que aquilo traçaria um futuro obscuro para o resto de toda a humanidade, mas Deus não é filho do homem para se arrepender, Ele deu o livre arbítrio ao ser humano, isto é, o homem usa o presente para escrever o seu futuro da forma que achar melhor, sem interferência direta de Deus.
Ele só poderia agir se a mulher quisesse e pedisse para Ele fazer isso, mais uma criação de Deus que o traíra, mais um ato de extrema ingratidão para com o ser mais maravilhoso que existe, mais uma “decepção”, era o fim do reino humano, pensou diabo, “consegui frustrar os planos de Deus!”, o inferno festejava.
Mas desta vez a história foi diferente, o homem sofreu as conseqüências do seu ato, foi impedido de habitar no paraíso. Mas, para decepção do diabo, Deus não conseguiu esquecer o ser humano, aquela música, aquela adoração tão espontânea, aquele jeito tão humilde de Adão e Eva dizerem o quanto amavam a Ele, viu o quanto o homem tinha tocado no mais profundo do seu espírito e criou um plano, para trazer o homem de volta para perto Dele.
Musica x Ciência A música surgiu, como já sabemos, muito antes da ciência, porque esta se baseia apenas no mundo físico, que não existia quando a música foi externalizada por Deus. É interessante analisarmos a fundo a música, pois vemos que esta não tem fim e nem nunca terá, toda ciência possui um fim, possui uma área a qual ninguém jamais adentrará, a medicina nunca conseguirá criar a vida do nada como Deus fez, este é o ponto final da medicina, mas a música jamais tem fim, porque ela não é racional, ela não é real, não é tangível.
A ciência é baseada em um espaço amostral, único como o corpo humano para medicina, mas a música não, ela não possui um objeto de estudo, um universo finito, a ciência se baseia no tempo cronológico, um tempo que teve início e um dia terá fim e quando isso acontecer a ciência e a sabedoria humana deixarão de existir, mas a musica é baseada no tempo de Deus, a música conta a eternidade. Pode parecer exagero, mas não é, acreditem. A contagem da música é um ciclo que não têm começo ou fim, “1 2 3 4 e 1 2 3 4 e 1 2 3 4 e 1 2 3 4 e 1 2 3 4″, quando isso vai acabar? Quando Deus deixar de ser adorado, ou seja, nunca!!!.
O homem é feito de música.
A música é da natureza humana, quantas crianças ao nascerem só dormem ao som de uma música. Pesquisas afirmam que o parto é muito mais tranqüilo quando a criança, antes mesmo da concepção, ouve músicas calmas.
O ser humano é um instrumento desde que nasce, qualquer batida com os pés, ruído com a boca, batuque com as mãos se torna uma música, a vida é música, cada som têm uma freqüência diferente.
Pare um dia para analisar um local onde existe muita gente fazendo barulho ao mesmo tempo, comece a contar o tempo como se fosse uma música e você verá que é uma música mais complexa do que de qualquer outra com tons e intensidades diferentes
Deus criou o mundo como uma interminável música!
Podemos dizer que a “Música” é a arte de combinar os sons e o silêncio. Se pararmos para perceber os sons que estão a nossa volta, concluiremos que a música é parte integrante da nossa vida, ela é nossa criação quando cantamos, batucamos ou ligamos um rádio ou TV. Hoje a música se faz presente em todas as mídias, pois ela é uma linguagem de comunicação universal, é utilizada como forma de “sensibilizar” o outro para uma causa de terceiro, porém esta causa vai variar de acordo com a intenção de quem a pretende, seja ela para vender um produto, ajudar o próximo, para fins religiosos, para protestar, intensificar noticiário, etc.
A cultura egípcia, por volta de 4.000 anos a.C., alcançou um nível elevado de expressão musical, pois era um território que preservava a agricultura e este costume levava às cerimônias religiosas, onde as pessoas batiam espécies de discos e paus uns contra os outros, utilizavam harpas, percussão, diferentes formas de flautas e também cantavam. Os sacerdotes treinavam os coros para os rituais sagrados nos grandes templos. Era costume militar a utilização de trompetes e tambores nas solenidades oficiais.
Na Ásia, a 3.000 a.C., a música se desenvolvia com expressividade nas culturas chinesa e indiana. Os chineses acreditavam no poder mágico da música, como um espelho fiel da ordem universal. A “cítara” era o instrumento mais utilizado pelos músicos chineses, este era formado por um conjunto de flautas e percussão. A música chinesa utilizava uma escala pentatônica (cinco sons). Já na Índia, por volta de 800 anos a.C., a música era considerada extremamente vital. Possuíam uma música sistematizada em tons e semitons, e não utilizavam notas musicais
A teoria musical só começou a ser elaborada no século V a.C., na Antiguidade Clássica. São poucas as peças musicais que ainda existem deste período, e a maioria são gregas. Na Grécia a representação musical era feita com letras do alfabeto, formando “tetracordes” (quatro sons) com essas letras. Foram os filósofos gregos que criaram a teoria mais elaborada para a linguagem musical na Antiguidade. Pitágoras acreditava que a música e a matemática formavam a chave para os segredos do mundo, que o universo cantava, justificando a importância da música na dança, na tragédia e nos cultos gregos.
É de conhecimento histórico que os romanos se apropriaram da maioria das teorias e técnicas artísticas gregas e no âmbito da música não é diferente, mas nos deixaram de herança um instrumento denominado “trompete reto”, que eles chamavam de “tuba”. O uso do “hydraulis”, o primeiro órgão cujos tubos eram pressionado pela água, era freqüente.
Hoje é possível dividir a história da música em períodos específicos, principalmente quando pretendemos abordar a história da música ocidental, porém é preciso ficar claro que este processo de fragmentação da história não é tão simples, pois a passagem de um período para o outro é gradual, lento e com sobreposição. Por volta do século V, a igreja católica começava a dominar a Europa, investindo nas “Cruzadas Santas” e outras providências, que mais tarde veio denominar de “Idade das Trevas” (primeiro período da Idade Média) esse seu período de poder.
A Igreja, durante a Idade Média, ditou as regras culturais, sociais e políticas de toda a Europa, com isto interferindo na produção musical daquele momento. A música “monofônica” (que possui uma única linha melódica), sacra ou profana, é a mais antiga que conhecemos, é denominada de “Cantochão”, porém a música utilizada nas cerimônias católicas era o “canto gregoriano”. O canto gregoriano foi criado antes do nascimento de Jesus Cristo, pois ele era cantado nas sinagogas e países do Oriente Médio. Por volta do século VI a Igreja Cristã fez do canto gregoriano elemento essencial para o culto. O nome é uma homenagem ao Papa Gregório I (540-604), que fez uma coleção de peças cantadas e as publicou em dois livros: Antiphonarium e as Graduale Romanum. No século IX começa a se desenvolver o “Organum”, que são as primeiras músicas polifônicas com duas ou mais linhas melódicas. Mais tarde, no século XII, um grupo de compositores da Escola de Notre Dame reelaboraram novas partituras de Organum, tendo chegado até nós os nomes de dois compositores: Léonin e Pérotin. He also began the “Schola Cantorum” that gave great development to the Gregorian chant.
A música renascentista data do século XIV, período em que os artistas pretendiam compor uma música mais universal, buscando se distanciarem das práticas da igreja. Havia um encantamento pela sonoridade polifônica, pela possibilidade de variação melódica. A polifonia valorizava a técnica que era desenvolvida e aperfeiçoada, característica do Renascimento. Neste período, surgem as seguintes músicas vocais profanas: a “frótola”, o “Lied” alemão, o Villancico”, e o “Madrigal” italiano. O “Madrigal” é uma forma de composição que possui uma música para cada frase do texto, usando o contraponto e a imitação.
Os compositores escreviam madrigais em sua própria língua, em vez de usar o latim. O madrigal é para ser cantado por duas, três ou quatro pessoas. Um dos maiores compositores de madrigal elisabetano foi Thomas Weelkes.
Após a música renascentista, no século XVII, surgiu a “Música Barroca” e teve seu esplendor por todo o século XVIII. Era uma música de conteúdo dramático e muito elaborado. Neste período estava surgindo a ópera musical. Na França os principais compositores de ópera eram Lully, que trabalhava para Luis XIV, e Rameau. Na Itália, o compositor “Antonio Vivaldi” chega ao auge com suas obras barrocas, e na Inglaterra, “Haëndel” compõe vários gêneros de música, se dedicando ainda aos “oratórios” com brilhantismo. Na Alemanha, “Johann Sebastian Bach” torna-se o maior representante da música barroca.
A “Música Clássica” é o estilo posterior ao Barroco. O termo “clássico” deriva do latim “classicus”, que significa cidadão da mais alta classe. Este período da música é marcado pelas composições de Haydn, Mozart e Beethoven (em suas composições iniciais). Neste momento surgem diversas novidades, como a orquestra que toma forma e começa a ser valorizada. As composições para instrumentos, pela primeira vez na história da música, passam a ser mais importantes que as compostas para canto, surgindo a “música para piano”. A “Sonata”, que vem do verbo sonare (soar) é uma obra em diversos movimentos para um ou dois instrumentos. A “Sinfonia” significa soar em conjunto, uma espécie de sonata para orquestra. A sinfonia clássica é dividida em movimentos. Os músicos que aperfeiçoaram e enriqueceram a sinfonia clássica foram Haydn e Mozart. O “Concerto” é outra forma de composição surgida no período clássico, ele apresenta uma espécie de luta entre o solo instrumental e a orquestra. No período Clássico da música, os maiores compositores de Óperas foram Gluck e Mozart.
Enquanto os compositores clássicos buscavam um equilíbrio entre a estrutura formal e a expressividade, os compositores do “Romantismo” pretendem maior liberdade da estrutura da forma e de concepção musical, valorizando a intensidade e o vigor da emoção, revelando os pensamentos e sentimentos mais profundos. É neste período que a emoção humana é demonstrada de forma extrema. O Romantismo inicia pela figura de Beethoven e passa por compositores como Chopin, Schumann, Wagner, Verdi, Tchaikovsky, R. Strauss, entre outros. O romantismo rendeu frutos na música, como o “Nacionalismo” musical, estilo pelo qual os compositores buscavam expressar de diversas maneiras os sentimentos de seu povo, estudando a cultura popular de seu país e aproveitando música folclórica em suas composições. A valsa do estilo vienense de Johann Strauss é um típico exemplo da música nacionalista.
O século XX é marcado por uma série de novas tendências e técnicas musicais, no entanto torna-se imprudente rotular criações que ainda encontra-se em curso. Porém algumas tendências e técnicas importantes já se estabeleceram no decorrer do século XX. São elas: Impressionismo, Nacionalismo do século XX, Influências jazzísticas, Politonalidade, Atonalidade, Expressionismo, Pontilhismo, Serialismo, Neoclassicismo, Microtonalidade, Música concreta, Música eletrônica, Serialismo total, e Música Aleatória. Isto sem contar na especificidade de cada cultura. Há também os músicos que criaram um estilo característico e pessoal, não se inserindo em classificações ou rótulos, restando-lhes apenas o adicional “tradicionalista”.